A declaração de pessoas nas mídias sociais, incluindo um Deputado Federal, no dia 4/2 (sexta-feira), associando o acidente da Linha 6 do Metrô de São Paulo ao trabalho de engenheiras, tem um teor social inaceitável de misoginia.
A Diretoria do Instituto de Engenharia do Paraná que completa 96 anos de existência sempre buscou na diversidade de sexo, cor, etnia, etc, fundar seus alicerces para o desenvolvimento da boa engenharia.
Dentre as engenheiras que participaram desta construção destacamos: a primeira engenheira agrônoma Biruta Dergint Rawicz, formada em 1936, a primeira engenheira civil negra do Brasil Enedina Alves Marques, que honraram a profissão e participaram da formação de engenheiros e das atividades do IEP.
Voltando, as palavras do texto das mídias são um afronta contra TODAS as MULHERES, não somente às engenheiras, mas as profissionais de todas as modalidades (medicina, advocacia, administração, etc). Nessas palavras há cometimento de falta grave contrariando projeto de Lei nº 1960/2021 e aviltando a função das profissionais.
O breve ensaio do Deputado, no último sábado, buscando uma interpretação diversa para as palavras que digitou, não é elemento suficiente para apagar o verdadeiro teor machista das mesmas. É necessário sim, um mea-culpa vigoroso no Plenário da Câmara dos Deputados, bem como de todos àqueles que deram eco a tal discriminação.
Curitiba, 06 de fevereiro de 2022.
Diretoria do IEP