O Presidente do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), Eng. Civil José Carlos Dias Lopes da Conceição, prestigiou nesta sexta-feira a inauguração do novo estabelecimento gastronômico de Morretes, o Stazione, restaurante da Serra Verde Express, que sai do centro histórico da cidade para um espaço maior, à beira do Rio Marumbi.
“A ampliação do Stazione Morretes era uma demanda antiga, pois precisamos atender à alta demanda de visitantes e oferecer um espaço diferenciado para eventos sociais e corporativos”, comenta Adonai Arruda Filho, diretor-geral da Serra Verde Express. O lançamento do novo espaço e um gibi foram produzidos pela empresa em comemoração aos 140 anos da ferrovia, fundada em 02 de Fevereiro de 1885. Desenhado pelo Designer gráfico Gerson Cordeiro, da União dos Aposentados e Pensionistas das Ferrovias do Paraná, o gibi conta as aventuras da construção da ferrovia Paranaguá-Curitiba.
140 anos de um marco de Engenharia e história no Brasil
Em artigo elaborado pelo Presidente do IEP, Eng. Civil José Carlos Dias Lopes da Conceição, ele conta que neste ano a Ferrovia Paranaguá-Curitiba celebra 140 anos de uma história marcada por desafios, inovação e importância econômica para o Brasil.
“Construída entre 1880 e 1885, essa obra monumental não é apenas uma das mais antigas ferrovias em operação contínua no país, mas também um símbolo de engenhosidade e perseverança”, diz, em alusão à ferrovia idealizada por André Rebouças, o primeiro engenheiro negro do Brasil, cuja visão foi fundamental para integrar o litoral ao planalto paranaense.
Segundo Conceição, a construção da ferrovia foi um feito extraordinário para a engenharia do século XIX: com um percurso de 110 quilômetros de trilho, a linha conecta o litoral paranaense à capital Curitiba, atravessando a Serra do Mar em um dos trechos ferroviários mais desafiadores do mundo, contendo 14 túneis, 30 pontes e viadutos, muitos deles cortando falésias e vales profundos. “O projeto contou com a liderança do engenheiro Antônio Ferruci, mas também teve a participação fundamental do engenheiro João Teixeira Soares, que desempenhou um papel crucial no desenvolvimento das soluções técnicas que permitiram a superação dos obstáculos naturais, como os terrenos instáveis e a densa vegetação da Mata Atlântica”, fala. Entre os desafios, um dos mais significativos foi a consolidação do leito no terreno arenoso e alagadiço da planície litorânea, que exigiu soluções inovadoras para garantir a estabilidade da ferrovia – em sua homenagem, a cidade de Teixeira Soares, no Paraná, recebeu seu nome.
O autor lembra que a ferrovia foi crucial para o desenvolvimento econômico do Paraná. “Ela facilitou o escoamento de produtos como erva-mate, madeira e café, integrando o estado ao restante do Brasil e impulsionando o crescimento das cidades do planalto paranaense. Hoje, além de sua função logística, a ferrovia é uma das principais atrações turísticas do estado. A viagem oferece paisagens deslumbrantes da Serra do Mar e é considerada uma das rotas ferroviárias mais belas do mundo”, conclui.
Mais informações em www.serraverdeexpress.com.br.