EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO
Antes que 1931 acabasse, em 29 de dezembro, a diretoria do IEP se reúne para debater um assunto extra-pauta de seus preceitos estatutários: a redemocratização do país. E aprova um manifesto pela volta imediata do regime constitucional ao país. Mas Getúlio Vargas, como se sabe, ficaria no poder por longos 15 anos, até ser deposto. A Constituição de 1891 havia sido revogada e ele comandava o governo com plenos poderes. E houve um período em que o regime endureceu seriamente.
Nesse contexo, presidia o Instituto o engenheiro e professor Agnello Ribeiro Ribas. A diretoria para 1931-1932, eleita em 2 de março e empossada dia 18, era composta ainda de Emílio Müller Neiva de Lima, vice-presidente; Henrique Estrella Moreira, 1º secretário; Walter Scott de Castro Velloso, 2º secretário; Ricardo Pereira, tesoureiro; Eduardo Fernando Chaves, orador; e Antonio Oliveira Portes, redator. Henrique Estrella
Moreira deixa a 1a secretaria e é substituído, em setembro, por Algacyr Munhoz Mäder.
Considerado, em sua época o mais jovem dos professores da Universidade do Paraná,
Agnello Ribeiro Ribas fez inicialmente concurso para ministrar aulas de Desenho Técnico e de Convenções, segundo relata o professor Ildefonso Clemente Puppi em seu livro “Fatos e Reminiscências da Faculdade”. Ele nasceu em Quatro Barras (PR), em 1903, e morreu em São Paulo, em 1945. Foi professor da cadeira de Mineralogia e Geologia. Era irmão do engenheiro Durval de Araújo Ribeiro, que também presidiu o IEP.
*Texto extraído do Livro Um Pioneiro A Caminho do Centenário, por Júlio Zaruch.