Presidente IEP na Gestão 1967 a 1969
CINCO VEZES SECRETÁRIO DE ESTADO
Apesar de contar com modestos recursos financeiros em caixa, mas exercendo a criatividade para obtê-los, a gestão de dois anos comandada pelo engenheiro Véspero Mendes conseguiu avançar bastante na adequação do espaço até então construído no edifício-sede, que já abrigava, desde a administração Parigot de Souza, às atividades funcionais e sociais do Instituto.
Como revela seu relatório de gestão, Véspero mobiliou o salão de festas, efetuou o revestimento do saguão de entrada e das escadas, instalou, equipou e decorou o bar, ponto de encontro dos associados, procedeu a serviços da rede subterrânea de distribuição de alta tensão, telefone, água e esgotos, de impermeabilização da marquise, acabamento da fachada norte e revestimento externo com pastilhas. Foram, ainda, executados novos sanitários, regularização de pisos, pinturas internas, ensaibramento e iluminação do pátio de estacionamento, cujo acesso já havia sido asfaltado, e adquiridos um veículo para uso administrativo e duas linhas telefônicas.
No âmbito cultural e social, promoveu uma série de atividades, como exposições de artes plásticas, palestras técnicas e sobre iniciação musical, desfile de modas, torneio de futebol entre o IEP e outras associações de engenheiros, além dos tradicionais jantares-festivos, sempre muitos apreciados e frequentados pelos associados e familiares. Deu ênfase a seminários e cursos, entre os quais um destinado a mestre de obras. Firmou convênios de descontos para associados em lojas comerciais.
Seu período administrativo deu atenção, também, aos interesses da categoria, acompanhando junto ao governo federal questões sobre o salário profissional dos engenheiros, para o que contou com o apoio de dois deputados federais paranaenses e sócios do Instituto – Alberto Franco Ferreira da Costa e Emílio Hoffmann Gomes.
No biênio 1967-1969, Véspero teve como parceiros na diretoria: Francisco Borsari Neto, 1º vice-presidente; Celso Fabrício de Mello, 2º vice; Jurandyr Pavão, 1º secretário; Manfred Theodor Schmidt, 2º secretário; Djalma Costa Palmeira, 1º tesoureiro; Renato João Sossela de Freitas, 2º tesoureiro.
Véspero Mendes é gaúcho de Palmeira das Missões (RS), onde nasceu em 3 de outubro de 1933. Formou-se na UFPR, em 1957. Como engenheiro, iniciou no DER/PR, exercendo diversas funções, incluindo a de diretor administrativo. Foi secretário de Estado do Governo do Paraná, secretário de Educação e Cultura, superintendente da Fundepar, presidente do Conselho Estadual de Educação, diretor técnico da Codepar (Companhia de Desenvolvimento do Paraná, depois Badep), diretor administrativo da UFPR, assessor técnico do Ministério de Agricultura, cargos esses ocupados entre 1957 e 1966.
Entre 1967 e 1972, ocupou-se de atividades privadas: presidente do IEP, consultor da Comissão de Elaboração do Código de Edificações de Curitiba, diretor financeiro da Metalgráfica Merhy S.A., diretor administrativo da Engenharia e Comércio Barbosa S. A, conselheiro fiscal do Inocoop (Instituto Nacional de Orientação às Cooperativas Habitacionais), fundador e conselheiro da Spea (Sociedade Paranaense de Estudos de Administração) e do CIEE/PR (Centro de Integração Empresa Escola).
Em novo período de ações públicas, foi secretário de Estado dos Negócios do Governo, diretor administrativo da Copel, diretor de suprimentos da Eletrosul, secretário de Estado do Planejamento, secretário de Estado da Administração e diretor da Delegacia do MEC no Paraná, abrangendo esses cargos no período de 1972 a 1994. Lecionou Organização Industrial e Administração nos cursos de Engenharia na UFPR.
Véspero Mendes também é Administrador qualificado pelo CRTA, e Técnico em Problemas de Desenvolvimento Econômico, autorizado pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina). Após sua aposentadoria, dedica-se a atividades comunitárias no Lar dos Meninos de São Luiz. É autor de diversos trabalhos didáticos e científicos nas áreas da engenharia, administração de empresas e de educação.
*Texto extraído do Livro Um Pioneiro A Caminho do Centenário, por Júlio Zaruch.