Presidente da Gestão 1935 – 1936
COMISSÁRIO DE TERRAS E CONSTRUTOR DE ESTRADAS
O processo eleitoral para a gestão 1935-1936 foi, até certo ponto, complicado. Dia 16 de março, houve bate-chapa para todos os cargos. A presidência era disputada pelos associados Eduardo Carvalho Chaves e João Paz Raimundo Filho. Chaves foi o escolhido pela maioria, mas um pedido de verificação sobre a regularidade social dos votantes, adiou a decisão em nove dias. Nesse período, apura-se que, ausente por mais de dois anos do quadro social, Chaves não satisfazia as exigências estatutárias. No dia 25, Paz Filho é eleito presidente e tem como diretores Durval de Araújo Ribeiro, vice-presidente; Joaquim Queiroz Cunha, 1º secretário; Romeu Gonçalves Pereira, 2º secretário; Silas Pioli, tesoureiro; Rozaldo de Mello Leitão (outro que seria prefeito de Curitiba), orador; e Bento Munhoz da Rocha Neto, futuro governador do Paraná, redator, todos empossados no dia seguinte. Meses depois, Arlindo Camargo substitui Pioli e Flávio Lacerda é o orador no lugar de Leitão.
Nono presidente do IEP, João Paz Raimundo Filho era mineiro de Leopoldina, onde nasceu em 10 de junho de 1870. Diplomado pela Escola Polytechnica do Rio de Janeiro, em 1896, acatou a sugestão do amigo Emiliano Pernetta e se transferiu para Curitiba, onde iniciou sua vida profissional. Foi medidor de terras devolutas no norte paranaense, em Jaboticabal, Ourinhos, Colônia Mineira, Francisco Beltrão e Cambará; construtor de estradas; engenheiro fiscal da Estrada de Ferro do Paranapanema, simultaneamente às funções de comissário de terras do 1º Comissariado, já na segunda década do século XX; engenheiro da Diretoria de Obras e Viação da Secretaria de Obras Públicas e Colonização e da Estrada de Ferro Norte do Paraná; presidente da Comissão de Tomada de Contas da Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná e da Companhia Telefônica Paranaense, entre outros cargos.
Aposentou-se em 1948, como engenheiro de carreira da Secretaria de Viação e Obras do Paraná. Foi sócio fundador do IEP e do Clube de Xadrez de Curitiba. Pessoa de grande conceito, era conhecido como “Dr. Pazinho” e sua morte, em Niterói (RJ), dia 17 de agosto de 1957, teve repercussão na imprensa paranaense.