Presidente do IEP: 1939, 1940 e 1944 a 1947
UM DEFENSOR DA CAUSA PARANISTA
O professor Oswaldo Pilotto cumpriu quatro gestões à frente do IEP, a primeira em 1939-1940 e as outras três, consecutivas, entre 1944 e 1947.
Sua primeira diretoria tinha como vice-presidente Eduard Gama; 1º secretário, Nestor Dittrich; 2º secretário, Alaor Barbosa Borba; tesoureiro, João Paz Raimundo Filho; orador, Edmundo Gardolinski; redator, Elato Silva.
Nas demais gestões, pela ordem dos cargos de vice-presidente a redator, alinharam Roberto Faria Affonso da Costa, Felizardo Gomes da Costa, Agostinho Leão Filho, João Paz Raimundo Filho, Raul Bruel Antonio e Carlos Luiz Luck.
Engenheiro agrônomo formado na Escola de Agronomia do Paraná, em 1921, onde depois foi professor de Física e Meteorologia Agrícola e catedrático da cadeira de Entomologia e Parasitologia Agrícola, obteve em seguida a especialização em Construções Rurais. Diplomou-se em Engenharia Civil em 1938 pela Universidade do Paraná, onde foi Professor Emérito.
Natural de Ponta Grossa (PR), nasceu em 27 de janeiro de 1901, filho de Egídio Pilotto e de Luiza Sellmer Pilotto. Foi professor da Escola Normal (atual Instituto de Educação do Paraná), que dirigiu por 11 anos, da Faculdade de Filosofia e de Ciências Econômicas e da Escola de Música e Belas Artes, que ajudou a fundar e dirigiu. Foi diretor geral de Educação no Paraná, cargo hoje equivalente a Secretário de Estado, presidente do Conselho Regional de Técnicos de Administração, da Academia Paranaense de Letras (entre 1960 e 1970) e do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e diretor da Biblioteca Pública.
Colecionador de números 1 dos jornais paranaenses, a partir do primeiro, o Dezenove de Dezembro, Oswaldo Pilotto é autor de importante história da imprensa do Paraná (“Cem anos de Imprensa no Paraná”) e, entre suas obras, figuram “Notas e Achegas ao Catálogo de Jornais do Paraná”, “Paranaguá na Imprensa”, “A criação da Província do Paraná”, “Sinopse Histórica do Paraná”, “Biografia de Gabriel de Lara” e biografias de Júlia Wanderley, Antônio Rebouças, Rocha Pombo, Barão do Serro Azul e de Plácido de Castro, o libertador do Acre, entre outros. Foi um intransigente defensor das causas paranistas. Morreu dia 29 de maio de 1993, aos 92 anos. Sobre ele escreveu em agosto de 1978, na revista Rumo Paranaense, o jornalista Ali Bark: “Oswaldo Pilloto, além dos méritos de orador nato, de escritor fecundo, pertence a essa elite moral, à classe dos verdadeiros mestres”.
*Texto extraído do Livro Um Pioneiro A Caminho do Centenário, por Júlio Zaruch.