Pesquisar
Close this search box.

APE - ACADEMIA PARANAENSE DE ENGENHARIA

Em assembleia geral, integrantes da diretoria do Instituto de Engenharia do Paraná – Gestão 2019/2021, criou no dia 21 de outubro de 2019, a APE – Academia Paranaense de Engenharia e seu Estatuto Social.

A Academia compartilha com o IEP a postura de independência política e partidária e coloca-se como fonte independente de aconselhamento a disposição do governo, da sociedade e da indústria – com este objetivo promovendo debates, a geração de ideias, de políticas e de soluções relacionadas com grandes e complexas questões da engenharia, ciência e tecnologia, tais como: o desenvolvimento industrial e tecnológico do país, o desenvolvimento de sua infraestrutura, o uso racional de seus recursos naturais, a preservação de seus ecossistemas, a redução de desigualdades e carências na sua estrutura social, o desenvolvimento e o ensino da engenharia no país, e a promoção, entre os jovens, de vocações para a engenharia e tecnologia.

Constituem também funções importantes da APE, a preservação da memória da engenharia paranaense e, através da eleição para seu quadro de Membros Titulares, homenagear e reconhecer grandes talentos da profissão, destacando-os como exemplo e fonte de inspiração para as futuras gerações.

*Arquivo em PDF para visualização. Clique para baixar.

CADEIRAS: PATRONOS E ACADÊMICOS DA APE

A APE é composta por 60 Patronos e até 60 Membros Acadêmicos, Membros Honorários e Membros Correspondentes.

Cada Cadeira da APE conta com um Patrono, escolhido entre engenheiros já falecidos com relevante contribuição para o desenvolvimento da engenharia.

O Membro Acadêmico tem o direito ao uso do Colar Acadêmico e lhe cabe o prefixo anteposto a seu nome. Como atribuição, todo Membro deve contribuir para a consecução dos objetivos da APE e de concorrer para sua evolução, prestígio e dignidade, cabendo-lhe o direito de participar de todas suas atividades e de utilizar os serviços por ela oferecidos.

CadeirasPatronosAcadêmicos
01Adriano Gustavo GoulinLuiz Henrique Bucco
02Agnello Ribeiro RibasAntônio Hallage
03Algacyr Munhoz MaederJorge Miguel Samek
04Ralf Jorge LeitnerEugenio Stefanello
05Arnaldo Izidoro BeckertRaul Ozório de Almeida
06Afonso Alves de Camargo NetoMarcos Domakoski
07Camil GemaelNivaldo Almeida Neto
08Cássio Bittencourt MacedoGilberto Piva
09Carlos Luis LuckRubens Curi
10Cecílio do Rego AlmeidaJoão Carlos Hiczcy
11Durval de Araújo RibeiroRaul Munhoz Neto
12Eliasib Gonçalves EnnesNelson Luiz Gomez
13Euro BrandãoJosé Rodolfo de Lacerda
14Enedina Alves MarquesMaria Elizabeth Yang
15Ernesto SperandioMarino Garofani
16Elato SilvaPaulo Domingos da Nova
17Flávio Suplicy de LacerdaPlínio de Mattos Pessoa Filho
18Gerhard Leo LinzmeyerRoberto Gregório da Silva Junior
19Guilherme de Lacerda BragaFrancisco Borsari Netto
20Ivo Arzua PereiraRafael Valdomiro Greca de Macedo
21Ivo Mendes LimaKamal Fuad Kamel
22Ildefonso Clemente PuppiNey Fernando Perracini de Azevedo
23Inaldo Ayres VieiraHorácio Hilgenberg Guimarães
24João Paz Raimundo FilhoCelso Kloss
25João Moreira GarcezLuiz Eduardo Veiga Lopes
26José Niepce da SilvaRicardo Rocha De Oliveira
27José Almendra Freitas NetoMauricio Schulman
28Luiz Carlos Pereira TourinhoJaime Sunye Neto
29Leo BarsotiIsis Ribas Bussi
30Lineu Borges de MacedoJosé Aroldo Gallassini
31Maria Francisca RiechhbieterManoel Ribas Neto
32Pedro Nelson da Costa FrancoValdir Pedro Xavier Tavares
33Nelson de LucaFrancisco Luiz Sibut Gomide
34Nicolau Inthon KlüppelLuiz Cláudio Mehl
35Osvalo PilottoElma de Lima Nery Romano
36Omar SabbagJosé Alberto Pereira Ribeiro
37Paulo Augusto WendlerJosé Pedro da Rocha Neto
38Plínio Alves Monteiro TourinhoMario Pereira
39Pedro Viriato Parigot de SouzaNelson Luiz de Souza Pinto
40Paulo Muller de AguiarPaulo Procopiak de Aguiar
41Raul Zenha de MesquitaMaria Cristina Borba Braga
42Ruy Virmond CarnascialiNiromar Alves de Rezende
43Rubens Reis Pereira de AndradeEduardo Francisco Sciarra
44Rubens MeisterWalfrido Victorino Ávila
45Venevérito da CunhaOdenir Muller
46Volmir SeligJosé Marques Filho
47Valdomiro Teixeira de FreitasArlos Afonso Teixeira de Freitas
48Walfrido StrobelEduardo Felga Gobbi
49Antonio Montes LuzJurimar Cavichiolo
50Armando Julio Bittencourt Mario Stamm Junior
51Armando Martins PereiraAlceu Vezozo
52José Guilherme VittaSuely Terezinha Vivan Taniguchi
53Emilio Hoffmann GomesCelso Pasqual
54Jaime LernerCarlos Costa Branco
55Roberto Saraiva Ozório de AlmeidaRoberto Tuyoshi Hosokawa
DIRETORIA
  • Presidente: Horácio Hilgenberg Guimarães
  • Vice-Presidente: Francisco Borsari Netto
  • Diretor Administrativo Financeiro: Nivaldo Almeida Neto
  • Diretor Institucional: Gilberto Piva
  • Secretário Geral: Eugenio Stefanello
  • Diretor Cultural: José Rodolfo de Lacerda
  • Diretora de Comunicação: Maria Elisabete Yang
CONSELHO DELIBERATIVO
  • Eduardo Felga Gobbi
  • Eduardo Francisco Sciarra
  • João Carlos Hyczy
  • José Alberto Pereira Ribeiro
  • Luiz Henrique Bucco
  • Marcos Domakoski
  • Mario Stam Filho
  • Odenir Mueller
  • Paulo Domingos da Nova
  • Raul Ozório de Almeida
  • Rubens Curi
CONSELHO FISCAL
  • Celso Romero Kloss
  • Niromar Alves de Rezende
  • Roberto Gregório da Silva Junior
CONSELHO DE ÉTICA
  • Luiz Eduardo Veiga Lopes
  • Luiz Claudio Mehl
  • Ney Fernando Perracini de Azevedo

Palavra do Presidente

VALORIZANDO A ENGENHARIA: REFLEXÃO SOBRE A INVERSÃO DE VALORES

Recentemente, recebi um artigo no qual detalhava perfeitamente “A Inversão de Valores e a Importância da Engenharia”.

Este artigo foi escrito pelo Engenheiro Milton Golombek, CEO da Consultrix, empresa especializada em trabalhos de Engenharia de Fundações e Vice-Presidente da ABEG, Associação Brasileira de Empresas de Projetos e Consultoria em Engenharia Geotécnica.

Eu, como Presidente da APE – Academia Paranaense de Engenharia, me somo ao Engenheiro Milton Golombek, por ser tão preciso em seu artigo e venho expressar minha preocupação com esta inversão de valores relacionada aos Projetos de Engenharia em obras civis, em particular no processo de venda dessas obras. É fundamentada em dados concretos que as taxas de corretagem evidenciam uma disparidade significativa entre o investimento destinado aos projetos (cerca de 2%) e o obtido com a venda das obras (até 6%).

A preocupação da Academia Paranaense de Engenharia (APE) reside na discrepância entre os custos associados à elaboração e execução dos projetos e os auferidos na comercialização das obras aponta para desvalorização dos aspectos técnicos e da qualidade das Soluções de Engenharia em detrimento de considerações estritamente comerciais.

A falta de valorização da Engenharia em relação à remuneração pelos serviços prestados é uma questão que reflete um desequilíbrio no reconhecimento da importância desses profissionais e de seu trabalho. No contexto de Projetos de Obras Civis, é comum observar que o valor total dos serviços de engenharia representa apenas cerca de 2% do custo geral da obra, em contraste com os 6% destinados às vendas. Essa disparidade na distribuição de recursos financeiros evidencia uma espécie de inversão de valores, onde a Engenharia, apesar de ser fundamental para o sucesso e a qualidade das construções, não é devidamente valorizada em termos financeiros.

Existem diversas razões que podem contribuir para esse cenário. Uma delas está relacionada à percepção geral da sociedade em relação aos profissionais da engenharia, muitas vezes subestimando a complexidade e a importância do trabalho desses especialistas. Além disso, a competição no setor da construção civil, muitas vezes marcada pela busca por redução de custos, pode levar à subvalorização dos serviços de Engenharia em favor de aspectos mais visíveis e imediatos, como o marketing e vendas, nos quais as imobiliárias costumam investir mais recursos.

A falta de valorização da Engenharia também pode estar relacionada à ausência de uma cultura de reconhecimento e valorização do conhecimento técnico e especializado. Muitas vezes, o trabalho dos Engenheiros é encarado como uma commodity, em vez de uma atividade estratégica e crítica para o sucesso de um empreendimento.

Para reverter esse quadro e promover uma maior valorização da Engenharia, é importante que haja um esforço conjunto dos profissionais da área, das empresas do setor e da sociedade como um todo. Isso pode envolver a promoção de uma maior conscientização sobre a importância da engenharia, a valorização da expertise e da inovação trazidas por esses profissionais, o estabelecimento de políticas que garantam uma remuneração justa pelos serviços prestados, e a busca por parcerias e alianças que fortaleçam o papel da engenharia na construção civil.

Em última análise, a valorização da Engenharia não se limita apenas a uma questão econômica, mas representa um reconhecimento da sua relevância para o desenvolvimento sustentável e a qualidade das obras e projetos. É fundamental que se busque equilibrar a distribuição de recursos e valorizar adequadamente o trabalho dos Engenheiros, a fim de assegurar a excelência e a segurança das construções e o avanço da sociedade como um todo.

Além disso, a valorização excessiva do retorno financeiro em detrimento da qualidade e da sustentabilidade dos projetos pode comprometer a reputação dos profissionais envolvidos e a confiança da sociedade na Engenharia como um todo.

Diante desse cenário, a APE destaca a importância de promover a ética, a transparência e a valorização do conhecimento técnico na elaboração e execução de Projetos de Engenharia, bem como na etapa de comercialização das obras. É fundamental que os profissionais do setor reafirmem o compromisso com a excelência, a segurança e a responsabilidade social em todas as fases do ciclo de vida das construções, visando assegurar a qualidade e a sustentabilidade das obras civis para o benefício coletivo e o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Engº Civil Horácio H. Guimarães
Presidente da Academia Paranaense de Engenharia